sexta-feira, 29 de julho de 2011

Artrite


Artrite significa simplesmente inflamação das articulações. Existem dois tipos principais de artrite – Osteoartrite e Artrite Reumatóide. A Osteoartrite é caracterizada pela degenerescência da cartilagem articular, hipertrofia do osso nas margens e alterações na membrana sinovial. Este é o tipo de artrite onde a cartilagem das articulações se desgasta e leva à dor, fraqueza e deformação das articulações. É por isso que a Osteoartrite também é conhecida como artrite degenerativa ou doença articular degenerativa. A Artrite Reumatóide, contudo, é uma doença inflamatória que se pensa ser causada por um ataque do sistema imunitário às articulações (uma doença auto-imune). É mais conhecida pela existência de articulações quentes, inchadas, dolorosas e com diminuição da amplitude do movimento.
Ambos os tipos de artrite são comuns na população Portuguesa, especialmente nas pessoas com mais de 60 anos. Não só interfere com as rotinas diárias, como piora progressivamente á medida que se vai avançando na idade. Infelizmente, a artrite culmina numa debilitação severa e deformação da articulação. A razão pela qual a artrite afecta tantas pessoas até um grau tão severo é porque existem muito poucos tratamentos eficazes. A maioria das vezes é prescrito anti-inflamatórios e quando estes não funcionam, a seguinte opção é a substituição da articulação.

O efeito da Acupuntura na artrite

A acupuntura pode aumentar a circulação sanguínea na articulação, e consequentemente aumenta a absorção de cálcio, bem como, a remoção dos elementos nocivos. Também pode aumentar a produção de liquido sinovial para manter a articulação lubrificada. Adicionalmente reduz a inflamação e inchaço, parando a dor. Os tratamentos de acupunctura conseguem, por isso, eliminar os sintomas de artrite e atrasar a progressão da doença. E consegue fazê-lo sem os efeitos secundários típicos do uso prolongado de anti-inflamatórios.
Quando considerar a acupunctura para o tratamento da artrite existem algumas considerações importantes a ter em mente. Os resultados mais rápidos vão ser observados em pacientes com uma história de artrite relativamente recente. Os casos crónicos de 10 ou mais anos com artrite, vão necessitar de 8 a 10 tratamentos até sentirem alterações positivas. Quanto mais tempo uma pessoa tem a artrite, mais tempo vai ser necessário para eliminar os sintomas. Apesar da acupunctura não conseguir reverter alguma deformação da articulação já existente, consegue abrandar e parar a destruição e sintomas negativos adicionais. A acupunctura é muitas vezes usada em combinação com plantas Chinesas medicinais para reforçar os resultados. Em conjunto com plantas, ou por si só, a acupunctura oferece aos pacientes que sofrem de artrite uma opção legítima e eficaz para reduzir os sintomas que têm um impacto negativo nas suas vidas e pára a progressão da doença.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Acupuntura – o que é, como funciona e que doenças trata?


A Acupunctura é um dos sistemas de cura mais antigo e mais usado no mundo. Teve origem na China à mais de 3500 anos, e apenas nas últimas três décadas é que começou a ser popular no Ocidente.

 

Em que é que a Acupuntura é diferente da Medicina Ocidental?

Podemos responder melhor a esta pergunta explicando a estrutura básica de ambas as medicinas. A Medicina Ocidental baseia-se na crença de que a doença é um defeito dentro do corpo humano ou de um processo destrutivo causada por um agente patogénico exterior. Na Europa, os médicos usam ferramentas de diagnóstico, procuram a causa da doença, controlam os sintomas e curam a doença. Existem 3 tipos de componentes de tratamentos disponíveis na Medicina Ocidental: farmacêutico, cirurgia e terapia (física, psiquiátrica, terapia da fala, etc…).
A acupunctura é um ramo principal de outro tipo de medicina chamada de Medicina Tradicional Chinesa (MTC). A MTC olha para sintomas múltiplos e os seus padrões de doença específicos de cada individuo e define a sua causa como uma combinação de desequilíbrios negativos que surgem do estilo de vida, mente e efeitos do stress ambiental, trauma ou invasão por agentes patogénicos exteriores. A MTC utiliza uma abordagem holística á medicina e não tenta encontrar uma razão exacta para a doença, em vez disso, sabe que existem vários factores que contribuem para o aparecimento de doenças no organismo. Existem 5 tipos de tratamentos principais disponíveis na MTC: acupunctura, Fitoterapia Chinesa, Tui Na (osteopatia chinesa), Chi Kung (exercícios de movimento e respiração) e nutrição.
A Medicina Ocidental evoluiu na Europa e baseia-se na pesquisa clínica para mostrar uma ligação exata entre a causa da doença e as suas manifestações clínicas. Isto leva a testes de diagnóstico e tratamentos específicos, para compreender e afetarem o corpo humano, com um vocabulário focado na genética e bioquímica. A Medicina Tradicional Chinesa evoluiu na China e baseia-se em testes em humanos que tiveram lugar ao longo de milhares de anos para validar a sua eficácia. Como os resultados foram baseados na experiência humana e não em dados de laboratório, é usado um vocabulário diferente para explicar como a energia (qi) e o sangue viajam através do corpo em canais (meridianos) e podem ficar obstruídos devido a traumas, emoções, fatores ambientais e estilo de vida. É importante notar também que, porque MTC é uma ciência que tem sido aperfeiçoado através da sua utilização em seres humanos, o número de mortes causadas pelo praticante ou mesmo os efeitos secundários negativos são praticamente inexistentes.
Um tipo de medicina não é superior ao outro. Elas compreendem as duas principais formas de medicina praticada no mundo nos dias de hoje. Porque a Medicina Ocidental é a principal forma de medicina neste país, a MTC é considerada uma medicina alternativa e é usada como uma abordagem complementar à Medicina Ocidental. Esperamos que este site ajude a ilustrar que a MTC, quando aplicada através da acupunctura e Fitoterapia Chinesa, pode ser usada como uma escolha de sucesso para restaurar e manter uma saúde óptima.


Como Funciona?
No Ocidente foram criadas várias teorias para explicar como é que a acupunctura funcionava. Uma teoria sugere que os impulsos dolorosos são impedidos de chegar à medula espinal ou cérebro em vários pontos dessas áreas. Uma vez que a maioria dos pontos de acupunctura estão ligados a estruturas neurais, então sugere que a acupunctura estimula o sistema nervoso.

Outra teoria sugere que a acupunctura estimula o organismo a produzir substâncias tipo narcóticas chamadas endorfinas, que reduzem a sensação de dor. Outros estudos descobriram que outras substâncias que aliviam a dor, chamadas opióides, podem ser libertadas no organismo durante o tratamento de acupunctura.

A acupunctura é dolorosa?
Ao contrário das agulhas utilizadas nas injecções, as agulhas de acupunctura são sólidas e finas como um cabelo e não estão desenhadas para cortar a pele. Além do mais são inseridas mais superficialmente do que as agulhas hipodérmicas.

Embora cada pessoa experimente a acupunctura de forma diferente, a maioria das pessoas sente apenas uma dor mínima quando as agulhas são inseridas.
Algumas pessoas alegadamente têm uma sensação de excitação, enquanto que outras sentem-se relaxados.

É segura?
Quando praticada por um acupunctor licenciado e experiente, a acupunctura é extremamente segura. Como sistema de saúde, a acupunctura tem algumas garantias inerentes. Como o tratamento não usa medicamentos, os pacientes não têm que se preocupar com reacções adversas.

Correctamente administrada, a acupunctura não faz mal. Contudo, existem algumas situações que devem ser comunicadas ao acupunctor antes de fazer o tratamento. Se tem um pacemaker, por exemplo, não deve receber electroestimulação, devido a uma possível interferência electromagnética com o pacemaker. No caso de ter tendência a hemorragias, ou se for hemofílico, deve considerar outro tipo de tratamento.

Que doenças trata?
Nos finais de 1970, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a capacidade da acupunctura e da medicina oriental para tratar cerca de quatro dezenas de doenças comuns, incluindo problemas neuromusculares (como artrite, neuralgia, insónia, tonturas e dores de pescoço e ombros); problemas emocionais e psicológicos (como depressão e ansiedade); problemas circulatórios (como a hipertensão, angina de peito, arteriosclerose e anemia); vícios de álcool, nicotina e outras drogas; problemas respiratórios (como enfisema, sinusite, alergias e bronquite); e problemas gastrointestinais (como alergias alimentares, úlceras, diarreia crónica, obstipação, indigestão, fraqueza intestinal, anorexia e gastrite).
Em 1997, uma declaração de consenso editada pelo Institutos nacionais de Saúde dizia que a acupunctura podia ser útil sozinha ou em combinação com outras terapias para tratar vícios, dores de cabeça, cãibras menstruais, fibromialgia, dor miofascial, osteoartrite, dor de costas, síndrome túnel cárpico e asma.
Outros estudos demonstraram que a acupunctura pode ajudar na reabilitação de pacientes que sofreram um AVC e pode aliviar as náuseas em pacientes a recuperar de uma cirurgia.

O que esperar da primeira visita?
Como na maioria das práticas de saúde, a primeira visita a um especialista de acupunctura começa com a recolha da história detalhada do paciente. Uma vez que a Medicina Tradicional Chinesa tem uma abordagem mais holística no cuidado do paciente do que a Medicina Ocidental, podem ser colocadas questões que podem parecer pouco importantes (hábitos de sono, capacidade de tolerar calor ou frio, etc…) mas são muito importantes para o tipo de tratamento que vai receber.
Usando toda a informação que obteve durante a história clinica e o diagnóstico, o acupunctor determina a causa dos sintomas. De acordo com a situação, as agulhas vão ser inseridas em pontos específicos de acupunctura no organismo. Pode ser utilizada moxa ou electroestimulação para aumentar os efeitos terapêuticos.
Dependendo da severidade do seu problema, a sua primeira visita pode demorar entre 60-90 minutos. Podem ser necessárias várias visitas para serem observadas melhorias significativas.

A Passiflora Abriu em Lisboa


Para uma maior proximidade dos utentes, a Passiflora abriu um novo espaço no passado mês de Junho, numa Clínica Médica, na Quinta do Lambert, Lumiar, Lisboa.